Guerra do Vietnã:
Introdução
A Guerra do Vietnã foi um conflito armado que começou no
ano de 1959 e terminou em 1975. As batalhas ocorreram nos territórios do Vietnã
do Norte, Vietnã do Sul, Laos e Camboja. Esta guerra pode ser enquadrada no
contexto histórico da Guerra Fria.
Contexto Histórico
O Vietnã havia sido colônia francesa e no final da Guerra
da Indochina (1946-1954) foi dividido em dois países. O Vietnã do Norte era,
comandado por Ho Chi Minh, possuindo orientação comunista pró União Soviética.
O Vietnã do Sul, uma ditadura militar, passou a ser aliado dos Estados Unidos
e, portanto, com um sistema capitalista.
Causas da Guerra
A relação entre os dois Vietnãs, em função das
divergências políticas e ideológicas, era tensa no final da década de 1950. Em
1959, vietcongues (guerrilheiros comunistas), com apoio de Ho Chi Minh e dos
soviéticos, atacaram uma base norte-americana no Vietnã do Sul. Este fato deu
início a guerra.
Entre 1959 e 1964, o conflito restringiu-se apenas ao
Vietnã do Norte e do Sul, embora Estados Unidos e também a União Soviética
prestassem apoio indireto.
Intervenção militar dos Estados Unidos
Em 1964, os
Estados Unidos resolveram entrar diretamente no conflito, enviando soldados e
armamentos de guerra. Os soldados norte-americanos sofreram num território
marcado por florestas tropicais fechadas e grande quantidade de chuvas. Os
vietcongues utilizaram táticas de guerrilha, enquanto os norte-americanos
empenharam-se no uso de armamentos modernos, helicópteros e outros
recursos.
Invasão norte-vietnamita
No final da
década de 1960, era claro o fracasso da intervenção norte-americana. Mesmo com
tecnologia avançada, não conseguiam vencer a experiência dos vietcongues. Para
piorar a situação dos Estados Unidos, em 1968, o exército norte-vietnamita
invadiu o Vietnã do Sul, tomando a embaixada dos Estados Unidos em Saigon. O
Vietnã do Sul e os Estados Unidos responderam com toda força. É o momento mais
sangrento da guerra.
Protestos e o fim da guerra
Entre o fim dos
anos 1960 e inicio 1970, os protestos contra a guerra aconteciam em grande
quantidade nos Estados Unidos. Jovens, grupos pacifistas e a população em geral
iam para as ruas pedir a saída dos Estados Unidos do conflito e o retorno
imediato das tropas. Neste momento, já eram milhares os soldados
norte-americanos mortos no conflito. A televisão mostrava as cenas violentas e
cruéis da guerra.
Sem apoio
popular e com derrotas seguidas, o governo norte-americano aceita o Acordo de
Paris, que previa o cessar-fogo, em 1973. Em 1975, ocorre a retirada total das
tropas norte-americanas. É a vitória do Vietnã do Norte.
Resultados da Guerra
O conflito
deixou mais de 1 milhão de mortos (civis e militares) e o dobro de mutilados e
feridos. A guerra arrasou campos agrícolas, destruiu casas e provocou prejuízos
econômicos gravíssimos no Vietnã.
O Vietnã foi
reunificado em 2 de julho de 1976 sob o regime comunista, aliado da União
Soviética.
Os principais
Roqueiros que foram importantes para os protestos contra a guerra:
Bob Dylan
O lendário arauto da música folk dos anos sessenta foi,
ao lado da companheira Joan Baez (sua namorada durante um bom tempo), um dos
principais porta-vozes musicais dos movimentos pacifistas e anti-bomba daqueles
anos conturbados. A partir de 1963, visto como um “guru” dos novos tempos por
vários setores da sociedade americana, - ele só estava antecipando o movimento
hippie ao abordar a temática beatnik dos anos 30 - Dylan escreveu alguns dos
mais pungentes hinos anti-belicistas, ainda entoados até hoje quando o assunto
é “manifesto”: “Blowin’ in the Wind”, “Masters of War”, além de uma das
mais ácidas críticas feitas ao militarismo ianque, na canção “With God on
Our Side”.
Country Joe &
the Fish
Vietnam começava a rolar, e tornou-se um dos principais
focos de crítica do grupo, além dos modos caretas de vida da sociedade
norte-americana da época. Pois nesse ano já uma aclamada apresentação da banda
no Fillmore de San Francisco - a capital dos hippies, que acolheria Country Joe
de braços abertos - leva os garotos a gravarem o seu primeiro álbum, a
obra-prima Electric Music for Mind and Body, que sai em 1967. E aí o mundo pop
nunca mais seria o mesmo. Mandam a
Guerra do Vietnam e os governantes babacas responsáveis por ela irem se foder!
Jimi Hendrix
Maior símbolo Rock de protesto contra a guerra foi uma
música tocada toda distorcida, e sem letra, que não é cantada. E pior: remete
ao próprio hino nacional norte-americano. É um dos maiores fatos históricos do
rock o de que o guitarrista Jimi Hendrix após a ruptura de seu grupo Experience
e com sérios problemas de organização e de horários em sua carreira quando foi
convocado para tocar em Woodstock, subiu ao palco na manhã do último dia do
festival e, entre tiros de metralhadoras, rugidos de helicópteros e bombas
abissais simulados por amps e pedais, tenha reinventado, no meio daqueles
escombros sonoros urdidos pela sua Fender Stratocaster branca enlouquecida, o
próprio hino americano, “Star Spangled Banner”. Era uma das mais simples e
diretas manifestações musicais contra o conflito já ouvidas, e tão impactante e
complexa em sua evolução quanto nenhuma outra. Woodstock ficou perplexo, e
Jimi, quando tudo apostava contra, fez um dos melhores shows de sua curta mas
impressionante carreira.
Black Sabbath
War Pigs, crítica diretíssima ao Vietnam. Referência a
isso na capa, trazendo um soldado lunático pulando com uma espada, e que pode
ser comparado a um dos porcos da letra da música. , “Was Pigs” se tornou um dos
maiores hinos do rock pauleira de todos os tempos, e só garante a longevidade
destes mestres heavy que, ao deixarem um pouco de lado a temática de terror e
magia negra que os envolvia e encruzarem de leve no território da crítica
política, compuseram um de seus maiores clássicos.
Originalmente a canção chamava-se Walpurgis em
referência à Noite de Santa Valburga (ou Noite das
Bruxas), tendo seu título sido mudado mais tarde.
Outras bandas e cantores que falaram e foram importantes
nos protestos contra a guerra:
Peter Seeger
Buffalo Springfield
The Doors
MC5
Fontes:
http://www.suapesquisa.com/
http://whiplash.net/
http://brasil.elpais.com/brasil/2014/01/13/cultura/1389636706_945278.html